25 de setembro de 2015

Procura-se
Portas antigas e novas
Caminhos translançados
Alguns beijos roubados


Procura-se
Um teto meio amarrotado
Metade de uma felicidade
Uma borboleta
Um vaso

Procura-se
A volta
O achado
E um perdido


Procura-se
Pessoas
Animais
Humanos


Procura-se!

Entre movimentos

Sons embalados por notas suaves 


De compassos levemente vagarosos


Com um pequeno e minusculo agudo...
Memorias de apertos de mãos secretas
Memorias de apertos
Memorias suaves
Memorias perdidas


Memorias desencontras no tempo
No sol, na chuva... no vento!

Memorias...
Tantas de vindas e de idas...
Encontradas, perdidas memorias.

Memorias 
memoria
memori
memor
memo
mem
me
m

Destruídos
Desconstruídos

 

Deformados

 

 

Desmandos
Desanrreios
deus me livre..

 

Desnutrido de iludido

 

Devaneio
Desasseio
dessecação

14 de setembro de 2015

No esquecido 

Corrupiado

Efetuado

do teu lado...



Do a fardo

Incorporado

Enquadrado

em ti...



Do desmantelo

Maneiro

Leve

Ferve pra mim.



Do lembrado

Entrado

Fechado

Por mim por ti e por nós!


Do a fardo
Encorporado
Enquadrado
em ti...

Do desmantelo
Maneiro
Leve
Ferve pra mim.

Do lembrado
Entrado
Fechado
Por mim por ti e por nós!

8 de setembro de 2015

Pobre estou
Dessa vida que se passa
De curta feito saia, não tem nada
De longa, nem cheguei na metade
Dessa pobre moça
Que mal se contem
De olhos grande e preto
Esse pobre coração que não se cansa ser... manso!

Minhas loucuras

Minhas vidas
Que vidas
Mas não as tenho
Não possuo 
Que vida
Que historia
Que nada
Que boa noite
Boa noite!
Sou descendente de humanos escravizados


Retirados e arrancados de suas terras

Sou descendente de muitas rainhas ou princesas 


Que penderam suas identidades

As suas riquezas
Não era importante
Não era branco
Não era ninguém 
Apenas um homem, um morador de rua.
E herói para poucos, herói para nada...

28 de agosto de 2015

Minhas loucuras
Minhas vidas
Que vidas
Mas não as tenho
Não possuo 
Que vida
Que historia
Que nada
Que boa noite
Boa noite!

24 de agosto de 2015

Pobre estou
Dessa vida que se passa
De curta feito saia, não tem nada
De longa, nem cheguei na metade

Dessa pobre moça
Que mal se contem
De olhos grande e preto
Esse pobre coração que não se cansa ser... manso!

7 de julho de 2015

Um certo marinheiro que encontrei pela vida, pelo Benfica.
Agente morre de amores e pudores.
E a gente conversa pra passar essas dores.

17 de junho de 2015

Aqueles olhos...


Nunca é bom amar sozinho.
Eu invento e deseinvento... Aqueles olhos...
De brilho grande. 


Aqueles olhos...
Reparo todos os dias
Do sorriso que aparece, Aqueles olhos...

29 de maio de 2015

Hoje em dia cada um de nós está ligado eletronicamente a todo o mundo, e no entanto nunca como agora nos sentimos tão sós.
E as ondas levam 
E as ondas trazem 
Aquilo que queremos 
Aquilo que fazemos 
Tanto de gente 
Gente bonita 
Gente de sorriso contente.
Dança menina
Entre os rios e os riachos...
Sacode menina nega

Entre a luz do sol e o brilho do luar...
Viva menina nega...
Não se esqueça
A tua liberdade, te espera lá. No fundo mar.

20 de maio de 2015

Ai me pego a escrever, feito bambolê
Por mais que eu me afaste, sempre ouço;


-Morreu mais um negro aqui na praça

(Sons de suspiros)

-NÃO, foi aqui no Ap


O silêncio se instalou
Medo chego
A tristeza, assim fico...
Mas depois passou
Algumas pessoas não mais recordou

E novamente eu ouço

-Mas um negro aqui na praça morreu.


(Sons de suspiros)
-NÃO!

12 de maio de 2015



"... a vida é um constante derretimento..."

E eu to derretida a todo momento...

5 de maio de 2015

A gente

Gosta
Engana
Namora
Tenta
Envenena, a nossa própria gente...
Sou maré viva
Que navega
Sem rumo
Sem mapas

Entre as brisas, rochas e galhos...
Entre os corpos e abraços...
Mergulho nesse mar.
Mar esse que desconheço.
Eu sentenciada
A minha própria sentença

De barcos
De um mar calmo
De brisas leves

E um caminhão de vida
Que navega ao meio de um caos...

Sutjeska Farol (das luzes de um farol abandonado)

De duas brejas
Um farol
Uma luz

De longe 

Um disfarce
Uma Algema 

De um corpo 

Um coração
Um braço

Apenas uma lagrima que cai...

4 de maio de 2015

Moro no mesmo endereço
É só mandar que eu aceito
Os pedaço de mim
Que se guardaram a ti
Moro no mesmo endereço
É só mandar que eu aceito
Mesmo que não seja o sujeito
Mas seja feito direito, e quem sabe o esquerdo...
Moro no mesmo endereço
É só mandar que eu aceito
Mesmo com defeito eu te aceito
Depois ajeitamos, quem sabe, o defeito
Moro no mesmo endereço
É só mandar que eu aceito
Eu sei que é...
afeito
conceito
contrafeito
defeito
desconceito
desproveito
direito
efeito
eleito
empreito
escorreito
estreito
feito
jeito
leito
liquefeito
malfeito
parapeito
peito
perfeito
preceito
preconceito
prefeito
proveito
putrefeito
rarefeito
satisfeito
sujeito
suspeito
Mas, ainda moro no mesmo endereço
É só mandar que eu aceito

30 de março de 2015

Se foram todos os sinais


Todos os sentimentos embarcados

Se foram!


E nem de longe a gente pode desfaça 


Mas olhos se revelam mais rápido, do que o resto do corpo

Se de depende eu explodir 


Venha me visitar e juntar os tais pedaços....

16 de março de 2015


De Março a lua é agradável 

De Março a aquarela apareceu pra enfeita a tristeza que se padeceu...
Das felicidades o tédio ganha o embalo
A balada vira cartão postal

Não... não é o fim..
Dura o tanto que durar o dia..
Depois noite...

Não vou saber te fala e nem se quer explicar.

Não... não é o fim!

10 de março de 2015

Das saudades 

Ah saudades 

Deixa pra lá

Não adianta saudades 

Dessaudaees desprendidas 

Oh saudades!

Das aventuras
Um suor quente percorre
A garganta resseca
O meu corpo estrala
A  intensa eu fico

Meu estômago esfria
Meus olhos deliram
E o meus pensamentos receiam 

Meu coração explodiu
Meu ventre venera
Meus seios congelam

Tudo mera massagem
Mera mensagem
Apenas mera!

5 de março de 2015


Gosto de percorre a estrada
Sentir cheiro da chuva
Por-do-sol que se vai
E a lua cheia que vem...
Das possibilidades
Um desencontro
E um trato sem nada

Sorriso sem graça
Apenas um nada
Foram das possibilidades de um domingo sofrido....
Alegremos...
Contetemos...
E o final tristecemos!

23 de fevereiro de 2015

Eu não consigo respirar


Eu não consigo respirar todos os dias

Eu não consigo respirar, pois ao meu lado, a um corpo negro, sem vida.

Não consigo nem comer, quando no noticiário passa do meio dia e exibem corpos negros no chão.

Não consigo respirar... Por jovens que não respiram mais entre a gente.

E quando eu respiro e inspiro fundo, é quando eu penso que devo continuar... continuar a lutar.


Pois, a muitos por ai que ainda querem respirar!

6 de fevereiro de 2015

E se nada der certo...
Respira!
Inspira!
E se novamente nada der certo
Respire, Respire, Respire...
Não pire!!!
— se sentindo neutra.
Na tarde de hoje, dormi
E durante ao meu sono
Sonhei... mas com a mesma pessoa três ou quatro vezes.
Com situações diferentes. Algumas felizes e outra nem tanto. Mas nunca... nunca triste!
O tal de Freud, com certeza explica. Que o tal sonho é o meu subconsciente, desejando ver o mais rápido, a tal pessoa.
Pior, ele ta certo!
Além de ver... eu quero mais que isso.
Das solidões
As estrelas na cidade não se ver
Mais lua tentar, pelo menos aparecer...

29 de janeiro de 2015

Das noites só
Me distancio dos dias que viram...
Nas madrugadas
Me viro e reviro meu corpo acamado
E os dias são suportáveis
As vezes são cinzas, mesmo com sol quente.
Que essa exerção, possa a ser a liberdade boa, que existir entre nós...
O desapego está estalado tudo e de todos
Que a distância seja nossa reparação. Quando juntos, seja superação da cede que juntou.

E nossa palavra chave sempre será a LIBERDADE
Aquela que não sufoca. 
Vez ou outra a conversa venha sem cobranças. Sem respostas.

14 de janeiro de 2015

Desafio
É você luta sozinha!
Desafio

É você insistir 

Mas nada já importa...
Desafio foi lançado....
Tudo resolvido

O pré-conceito não existir

Racismo é coisa da cabeça de gente que acredita


Vamos para tudo e voltar ao normal e dorme em nossas camas 

quentinhas.

Era tudo inventado.

A escravidão no passado, a morte jovens negros no presente.

Somos todos humanos!

9 de janeiro de 2015

Mundo desmundo
Pelas ruas que eu ando, todos olham e não desenrola
Vou ao emprego que senzala o meu ser sem eu saber

Mundo que desmundo o meu eu

Vou ao salão que me enrola ser mas uma desalizado

Mundo desmundo

Vejo os olhares torto entorto desentorto das cabeças que mexem lentamente
Pro meu cabelo crespo e volumoso
Minha cor de pele preta

Mundo desemunda


(Obs: Inspiração Criolo- Plano de Voo)
Respeite meus princípios
Meus cabelos brancos
Meu corpo
Minha ancestralidade
Meus orixás
Respeite a minha alma...
Ah menino, você tem a semente do meu ser sem saber

Tem a naturalidade que eu procuro e a paz eu busco

Menino rastafári que gosta de um Bob Marley

Traz a vibe positiva pra eu voar
Voar infinitamente em ti.

A solidão

Dela nem sinto, quando não ti lembro

Ah só solidão
Como um copo vazio a procura em enche-lo ao todo

Só solidão lembro de ti
Mas, lembro junto de alguém, nem ao mesmo lembra de mim...

Procuro por ti, pelas mensagens perturbantes
Mas, o que eu procuro a final?

Nem mesmo as estrelas sabem a verdadeira resposta.
Mas, será que elas não as tem?