26 de março de 2025

Parece o céu


As nuvens, o ar,
Os frutos, o mar.
Às vezes, a vida
É ida e vinda.

O fundo, o além,
O tudo, o ninguém.
O infinito das coisas,
É semente em rosas.

Procura-se


Portas antigas e novas,
Caminhos entrelaçados,
Alguns beijos roubados.

Procura-se
Um teto meio amarrotado,
Metade de uma felicidade,
Uma borboleta,
Um vaso.

Procura-se
A volta,
O achado,
E um perdido.

Procura-se
Pessoas,
Animais,
Humanos.

Procura-se
O amor que aquece,
A vida que floresce,
A esperança que renasce,
Sonhos que o coração tece.

Procura-se!

17 de março de 2025

 Lágrima em lágrima, a dor se refaz,

juntas transformam mil milagres em paz.

Falar é difícil, ser é também,
ninguém me escuta, não vejo ninguém.

Em mim, em ti, o nada a existir,
sigo sozinha, sem alguém para ouvir.

Meus gestos, palavras, um mundo só meu,
sem compreensão, sem um olhar que entendeu.

Vou seguindo sozinha, com meus pensamentos,
que me levam além, por outros momentos.

Outro sentir, outra dimensão,
dimensão só minha, em solidão.

Assim sou eu, com meu pranto a cair,
em sol, em dó, quem sabe em si.

16 de março de 2025

A verdade, meus amores

São dias de tristes verdades,

Longe de piedades.

Amores achados, esbarrados,
Por acasos e inventados,
Em ruas solitárias e claras,
De direitos contrários,
De amores existidos...

Sorria só...
Apenas sorria só!